sábado, 21 de abril de 2012

Filosofia/Filosofar

Quando se é criança, chega um momento que nós começamos a pensar. 

Ao nosso redor as coisas, os objetos e os seres nos são apresentados. A princípio só aceitamos tais 'apresentações' como verdade. E, posteriorme, surge os questionamentos. Primeiro, das coisas que foi esperado que fossem apresentadas e não foram; por exemplo, quando a criança pergunta "O que é aquilo?", ou que "Que bicho é aquele?". Depois, as perguntas partem do querer saber o que é aquilo que lhes foi apresentado; nesse momento surgem várias linhas de perguntas diferentes, das mais concretas às mais abstratas. Agora não se quer simplesmente a resposta "aquilo é um urso". A criança quer ir mais além, quer saber "o que é um urso" - nisso diz respeito a responder que é um animal, o que se alimenta, etc. E também quer saber "porque" ele é isso, "porque" ele se alimenta daquilo. Com o passar do tempo, e com a aquisição da aprendizagem as perguntas vão ficando mais complexas.

A filosofia em seu princípio é isso. A procura do saber, e o amor a esse saber. Não um saber que aceita as coisas prontas. Um saber que aprende e, questiona o que foi aprendido. Quer saber o que são as coisas, o porque delas, até mesmo sua finalidade, de onde elas surgiram. A filosofia não pode e não deve parar no "é isso...", tem que continuar, não se contentar, sempre procurar saber mais, sem ficar na superficialidade. Tem de ir até o mais profundo do tema. Pra poder fazer essa caminha à profundidade, tem que haver algo que a torne aceitável à maioria das pessoas, então não pode ser algo que só minha família conhece, só o que meus amigos conhecem, só minha geração conhece, até mesmo o que somente eu conheço, precisa de um caminho comum à todas as famílias, à todas as sociedades, à todos os tempos; um caminho que seja rigoroso, radical e universal.






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